6 de junho de 2010
E quando chega o fim?
Hoje eu me sinto diferente. Como se eu tivesse perdido algo. Aquele frio na barriga quando você percebe que deixou o guarda-chuva no ônibus.
Pára, olha pra trás rapidamente, prende o fôlego e depois,sabe que não adianta correr.
Amanhã eu ligo pra rodoviária. Tento achar. Se não, compro outro.
A noite é fria, como um gemido tremido, balbuciando a verdade. Certas coisas são inevitáveis e hoje eu aprendi isso. Por dor, por indiferença, ou talvez mesmo, sem querer. Inevitável foi a palavra da vez. É e será.
As fotografias já não me remetem fortes lembranças, já não me dizem que tempo foi aquele. Eu perdi a hora do cinema, eu perdi os meus óculos e deixei a torneira aberta.
O meu telefone toca, ao som de um blues. O rock lembra que tem alguém que quer falar comigo, alguém que vai saber, que vai querer conversar. Jogar conversa fora ou guardá-la do lado esquerdo do peito.
Pra tantas escolhas existem caminhos, pra tantos caminhos existe a mesma estrada. Só que dessa vez eu não vou de carona. Prefiro ir a pé, mas chegar quando e onde eu quiser.
Te deixo um abraço, um adeus e um obrigado.
Contado por
Léo de Cannes
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Adeus
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