10 de novembro de 2011
Cúmplices
As vezes, quando a gente anda muito tempo sozinho, pensamos que nada vai ser como antes. Não importa que você tente colar os pedaços quebrados do porta-retrato, ele sempre vai estar meio de lado em cima da mesa.
A gente passa a vida tentando se convencer de que não precisa mais daquilo que um dia viveu. Que um dia serviu de alimento. Quem um dia vestiu pra se aquecer num dia úmido e frio. Que já serviu até pra dar mais gosto no café.
Mas a vida é mais que uma cilada armada. Bem mais do que uma armadilha marota na encruzilhada. E nos mostra um sorriso onde antes só havia calafrio. Daí então as cartas deixam de cantar velhas saudades e passam a ser testemunhas de uma nova cena de amor febril.
Todo lugar vira confessionário. Na esquina, na calçada, nas escadas no caminho do seu apartamento, até debaixo do cobertor é momento pra se contar mais uma poesia.
Você descobre que o relógio acelera tanto quanto o seu coração quando se encontram e que um abraço passa a fazer muito mais sentido. Unindo os braços, o coração no compasso do passo, de dois amigos cúmplices lado a lado.
Quando vi que queria você já era tarde, era mais que paixão. Era amizade, era amor, era nós dois conversando sobre a nossa felicidade.
Contado por
Léo de Cannes
Marcadores:
Amor
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