26 de novembro de 2010

Bytes e Madrugadas


Me vejo parado perto da beira de um lago límpido. Seu azul é profundo, tão profundo quanto a cor dos seus olhos. O vento me traz a brisa de um sorriso e tudo que tenho são quilômetros de desvantagem.


Nos entendemos de uma forma tão sutil e eu não entendo como certas coisas acontecem. A ampulheta do tempo marcando um compasso sem ritmo e eu contando as horas pra saber de você. Frases tão simples explicam pro meu coração que nem tudo são decepções. Que por trás das novas descobertas estão novos mistérios, tão doces e delicados quanto a tua timidez.

Quero puxar a cortina da sala e deixar o sol entrar. Não quero respirar o ar infestado de ácaros de amores não correspondidos. Não quero mais tocar os LP´s antigos de recordações doloras. A vitrola é vela e meu computador está fervendo. Meu modem só disca para sua casa, é o único caminho que minhas coordenadas físicas ou virtuais procuram. Tudo porque você está do outro lado.

Conecto meus pensamentos em uma outra cena e mando um email com uma declaração gostosa. Bytes de informação repletas de sentimento. No assunto eu apenas dedico minhas verdades:

Quero você.

Um comentário:

  1. Hoje me empolguei pra ler que até ouvi a música! (Você sabe que isso pra mim é uma raridade.)

    Gostei muuito do texto! "Moderninho e atenado", (risos), sem perder sua essência de escritor romântico. Achei genial, um jogo de palavras que aproxima leitores do mundo literário com os do mundo virtual (não que não possam ser os mesmos).

    Beijos!
    Ana

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