12 de agosto de 2010
Lágrimas do Escorpião
Ouvindo:
Lágrimas do Escorpião
O gelo conforta a minha carne amortecida
reveste com sua brutalidade absoluta os meus longos dias
Os ventos sussurrantes que cantam a minha dor retorcida
revelada se contamina, nas minhas expressões tão vazias
A liberdade está presa há muito tempo em meu coração
cordas tão serenas agarram minha alma inflamada
Do amor tão bonito só me restou a recordação
e a visão do instante que se foi minha amada
Sou eu mesmo apenas uma escultura no escuro
um objeto abstrato no caminho,na estrada
Sou o garoto perdido do outro lado do muro
ou mesmo sozinho aqui, sentado na sua escada
Eu me armo com espadas tão infantis
coisas que me fazem sentir mais seguro
Pois eu reconheço que são as emoções mais sutis
aquelas que me machucam e quebram o meu escudo
Ergo o meu ferrão e armo um ataque mortal
tento segurar o seu corpo, injetar meu veneno
Desfiro o golpe tão perigoso e fatal
mas percebo tarde que não é o momento
Por isso estou onde estou, só não sei como sair
sempre volto a este lugar no tempo do passado
Queria que você pudesse me fazer sorrir
e me lembrar que por você fui amado
Por Leonardo
13/12/2004
Contado por
Léo de Cannes
Marcadores:
Adeus,
Amor
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Perfeito! *-*
ResponderExcluirAii, Léo, este poema ficou genial genial!
Há tempos escreve muuito bem! Tocou-me ao fundo, lindas imagens!
Beijos!
Ana