16 de agosto de 2010

Um brinde aos amigos






Estou satisfeito!

Sim, a satisfação se faz presente. Na orgia de dias gastos, de dias arrastados e infelizes, me acordaram com a cantoria de uma procissão notável. Olhei pela janela e vi um batalhão de pessoas. Mesmo que fossem poucos, a cantoria invadia a cidade e despertava o meu viver. Os hinos cantados aos ventos, de peito aberto e com o sorriso no rosto. Era o exército da liberdade, meus queridos amigos me visitavam.

A multidão se espremia entre poucas pessoas. Os abraços se multiplicavam, as gargalhadas disparavam notas cortantes, notas que rompiam meu desespero e afastavam a monotonia do compasso da minha depressão. Era a figura daquele amigo traquinas que despenteava meu cabelo enquanto zoava com a minha cara, desmerecendo meu sofrimento pois conhecia-me tão bem e fazia questão de mostrar como eu era grande, e aquelas coisas malditas, tão pequenas.

Um amigo que acabava com a rotina dos dias tristes me trazendo a lupa e fritando as formigas com os raios do sol, me divertindo com coisas tão pequenas e mostrando como era fácil passar por cima disso tudo. São apenas formigas, não são os monstros com que andei sonhando.

Os amigos que num abraço conseguem aplacar o mundo, que conseguem de forma implacável me tirar da solidão e em alguns minutos ao telefone buscar no fundo do íntimo a minha sincera explosão de risos. Amigos que já estão há muito tempo longe,mas que basta um aperto de mão pra me estender a mão de novo.

Meus amigos e amigas, dos quais conto nos dedos,talvez em apenas uma mão,mas que são tão preciosos que eu os carrego com as duas, e segurando firme, para não perdê-los.
Amigas que me escutam na solidão de um carro, na frente de casa, enquanto eu quero partir mas que me seguram apenas com a conversa, esvaziando os pneus e me mantendo distraído dos problemas lá fora.

Amigos e amigas que um dia tive, que ainda tenho e os muitos ou poucos que ainda virão. No final não importa a quantidade, mas a verdade de quem sem eles a vida não teria graça. Como disse o poeta "os amigos são a família que a vida nos permitiu escolher".

Eles estão lá, não tem o seu sangue, não são sua família, mas você não os abandona. Pois a amizade é um amor que nunca morre.

Um brinde aos amigos! Obrigado por aceitarem meus defeitos e verem neles alguma qualidade.



Ps: minha singela homenagem a Ligia (@licabilica,) Aninha (@aninhakita) André (@andre_neppel) Joo (@JoseanaBorri) Ahlan, Aline, Leonel e a Débora.

3 comentários:

  1. Léo...........vc é o máximo!!!!! Te admiro demais!!! Beijos!
    Ana Paula

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  2. Concordo com minha xará ali encima. haha

    Ficou ótima essa crônica sobre amigos, linda e sincera!
    Agradeço que em tão pouco tempo eu já esteja inclusa nesta homenagem!

    Cuide-se, Léo! Você é muito especial!
    Beijos!
    Ana

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  3. Dá-lhe Léo! Primoroso relato de um cara apaixonado pela arte de vivenciar amizades.

    Muito obrigado pela citação... E pelas miríades de conversas e risadas que ainda vivenciaremos por essa estrada à frente.

    Forte abraço!

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